A FAZENDA: A DÚVIDA

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A DÚVIDA




A DÚVIDA
A colheita na fazenda segue, como diz o pessoal daqui, a todo vapor. Momentos em que a fazenda fica super agitada. Muita gente, muitos caminhões e muitas conversas nas horas do almoço, café e jantar. E são nestas conversas que eu fico sabendo mais do mundo que que na escola onde eu sou aluno único de uma professora para todas as matérias.
Muitas perguntas que faço para os caminhoneiros, eles não responde ou dizem que não podem falar sobre isso comigo. Eu não sei o porque, mas acabo mudando de assunto, porque se eu insistir eles podem nem quer falar mais comigo e para mim seria péssimo, porque como diz um colega de trabalho meu aqui da fazenda, os caminhoneiros são nossos olhos e ouvidos foram da fazenda. E faz sentido, porque eles trazem notícias de tudo que acontece no país e nas conversas entre eles, durante o almoço, café ou jantar, eles falam de coisas que eu nem imaginava existir ou que aconteciam mundo afora.
Mas desta vez eu comecei a questionar alguns caminhoneiros o porque de não me responderem certas coisas e porque evitam falar comigo sobre alguns assuntos. Antes eu não importava quando não falavam comigo sobre certos assuntos, mas comecei a ficar curioso o porque disso. E a resposta que me deram me deixou mais curioso ainda. Não só curioso, mas também queria saber o porque não podia. Porque eles me disseram que eu não devia e nem podia saber sobre certas coisas. Insisti em saber porque, mas ele se limitaram a dizer: __Pergunte para o seu pai.
Estou só esperando a colheita acabar para tentar encontrar com a professora que sempre passa na estrada que margeia a fazenda. Eu penso nela todos os dias e fico imaginando estar falando com ela novamente. E, quem sabe até pergunte a ela sobre o que os caminhoneiros não me respondem. Estou começando a ficar com muitas dúvidas na cabeça

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